domingo, 3 de julho de 2011

O CEGO DE JERICÓ ENXERGAVA.

Na nossa caminhada de vida cristã, temos muitas coisas a conhecer, e uma das coisas que talvez mais possa preocupar é a confiança em alguém, mesmo que esta pessoa seja cristã. Todos nós somos falhos, precisamos nos aperfeiçoar a cada dia na presença de Deus para obter resultados dignos de filhos de Deus, mas para isso teremos que encarar desafios enormes nesta caminhada, e certamente baterá dúvidas de que estamos só ou acompanhados por uma força sobrenatural. A história do cego de Jericó mostra tudo isso, que ele passou por grandes problemas até chegar a Jesus Cristo, passou por dificuldades, foi persistente, e alcançou o resultado esperado, isso só ocorreu porque ele confiava em Deus, nunca faremos algo com exatidão se não confiarmos de verdade, por isso que o cego de Jericó era diferente daquela multidão, embora não enxergasse, tudo via pela fé.

I - NÃO SE ABATA COM AS DIFICULDADADES

O texto de Lucas capítulo 18 mostra uma história bem conhecida para todos nós, Lucas fala de um cego que pela insistência conseguiu o seu objetivo que era enxergar. Muitas das vezes quando estamos na dificuldade, achamos que não vamos ser vitoriosos, mas na verdade isso faz parte do ser humano, que é justamente fracassar na hora da decisão.

O Cego não se importou com o que as pessoas falavam, pois ele tinha a convicção de que suas atitudes eram certas, ele sabia que através do seu esforço, ele seria recompensado, ás vezes a benção passa por nós e não queremos nos esforçar para alcançá-la, e muitas das vezes achamos que é culpa de Deus pelos nossos fracassos.

Alguns problemas o cego enfrentou para chegar até Jesus, além das pessoas gritarem com ele certamente querendo um milagre, outros tentavam abafar sua voz dizendo que o mestre Jesus não iria lhe ouvir, que o mestre estava muito ocupado com coisas mais importantes do que fala com um simples mortal e ainda cego. Mas quero ressaltar que não há coisa mais importante para Jesus do que nossas vidas, Ele é capaz de parar tudo para atender nossas necessidades, se não fosse assim Ele não teria saído do seu trono de glória para morrer por nossos pecados, o cego também tinha contra ele o problema de que todos ali enxergavam o mestre, certamente sairiam na frente dele, mas este ponto mostra uma coisa bem clara, de que não adianta apenas ver; mas também sentir, o cego sentia a necessidade de ver Jesus, ele tinha no coração a certeza de que Jesus é a solução dos problemas, por isso nos deixa esta grande lição que faz de nossos dias um grande exemplo a ser seguido.


II - SEJA PESISTENTE NO SEU OBJETIVO

Muitas pessoas desistem facilmente de seus objetivos, quando uma pessoa estuda para uma determinada prova, ela tem que ter confiança que vai passar, pois é fincada no seu esforço que ela objetiva alcançar suas metas, mas por outro lado deve-se entender de que nada é fácil e que um resultado negativo pode ocasionar numa grande frustração, temos que entender que um resultado não esperando tem que ser superado em forma de esperança, e que o resultado buscado logo chegará. É neste foco que o cego certamente estava firmado, ele não quis saber se iria fracassar na frente de tamanha multidão que seguia Jesus Cristo, por isso ele clamava “Jesus filho de Davi, tem compaixão de mim”, o texto falar que as pessoas repreendiam dizendo“ Ele não vai te ouvir, cale a boca ”. Quanto mais as pessoas o repreendiam, mas ele clamava “Filho de Davi, tem compaixão de mim“, isso mostra que o cego não estava pra brincadeira, mostra que ele não se importava com a torcida contrária, naquele momento ele estava remando contra a maré, contra ondas gigantescas que embora enxergassem, não sabia para onde iria. Sem sua visão terrena, porem com a visão espiritual apurada, o cego da um drible fantástico nos críticos, e sai em direção a meta, ele teve uma disposição tão grande e uma certeza tão absoluta, que o mestre Jesus não pode resistir tamanha fé de um coração que mesmo machucado, confiava Nele.

Mesmo que a situação seja adversa, temos que entender que Jesus Cristo está passando, e que nosso esforço será visualizado por Ele, mesmo que as pessoas não consigam enxergar, Ele está atento as nossas suplicas.


III - RESULTADO DE UMA VIDA QUE CONFIA EM JESUS

A confiança é algo que não pode faltar no ser humano, quando perdemos a confiança, tudo fica difícil. O cego foi categórico no que fez, pois já tinha ouvido falar que Jesus era sim o filho de Deus, e que Jesus poderia fazer coisas extraordinárias na vida dele. Creio que os que ali estavam partilhavam do mesmo propósito do cego, sabiam que Jesus realizava muitos milagres, mas uma coisa chamou atenção de Jesus, isso foi muito notório naquele momento, alguém clamava de verdade, alguém falava com profundidade, alguém não enxergava humanamente, mas pelos olhos da fé; era uma pessoa que não só falava, mas também tocava pelas palavras verdadeiras e objetivas.

Quando temos Deus, somos compungidos a adorá-lo, mesmo diante dos problemas nossa alegria maior é de apenas exaltá-lo, o cego estava cheio de problemas, mas mesmo assim depositou todas as suas fichas em Jesus Cristo, pois ele sabia que aquele era o momento certo de fazer a diferença.

Confiar em Deus não é apenas dizer que confia, é demonstrar com atitudes que a sua vida esta a cargo Dele, quando Ele toma a direção, tudo fica simples e claro, e com isso alcançamos a vitória para glória Dele.



CONCLUSÃO



Nunca podemos desistir dos nossos sonhos, pois sabemos que para alcançá-los teremos que buscar. O cego mostrou persistência e ousadia para não comungar com as pessoas que eram contra a sua atitude, por isso não falhou em clamar o mestre Jesus Cristo, o único que poderia resolver o seu problema.

Nossa vida é cheia de desafio, e temos que ficar preparados para conseguir superar cada obstáculo que enfrentamos nesta caminhada, lembrando que nada será fácil, e que as lutas servem de pedras para nos fazer desistir, mas ao mesmo tempo serve de estímulo para aperfeiçoar nossa fé em Cristo Jesus e ter a certeza de que somos capazes de vencer por amor daquele que nos amou na cruz.

O DEUS DA PROMESSA.

A narrativa do quase sacrifício de Isaque é um dos textos mais impressionantes e escandaloso da Bíblia. Ao mesmo tempo, é uma de suas mais belas páginas, e talvez de toda a literatura universal.

Tudo parecia resolvido na vida de Abraão. Poder-se–ia dizer que as promessa de Deus estava finalmente cumprida, depois de tanto tempo, e apesar de tantas impossibilidades humanas. Então vem Deus e submete Abraão a uma prova de fogo, prova supre na qual nada pode ser imaginado. O que poderia ser mais difícil? É o ponto culminante e mais dramático da história de Abraão.

O propósito do texto é falar da fé que deve ser unicamente colocada no Deus da promessa, e em nada mais, e que chamaria de todas as provas. Uma fé assim é caracterizada por três coisas muito importantes para entendermos essa dinâmica da obediência.

I - OBEDIÊNCIA INCONDICIONAL

Abraão leva Isaque para o sacrifício sem discutir com Deus, ele sabe que Deus é o ser supremo que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que o amam em espírito e em verdade, muitas das vezes reclamamos daquilo que Deus tem feito em nossas vidas, e dizemos que amamos a Deus, se realmente isso é verdade, temos que deixar nossa vida a cargo Dele, para que possa fazer conforme lhe apraz, quando fazemos aquilo que Deus quer, Ele fará aquilo que nós precisamos, e Abraão sabia muito bem disso, Deus requer obediência incondicional de suas criaturas, justamente para que ele trabalhe de forma correta, o vazo perguntaria ao olheiro como seria seu contorno? O como se deve faze-lo? Vida de fé, é vida totalmente disponível para fazer as vontades divinas, mesmo que para isso as coisas sejam de forma contrária ao que queremos “Eis me aqui” não é possível entender que na noite antes do sacrifício Abraão queria desistir, na caminhada, na chegada ao monte, na hora de afiar a faca, mas uma coisa é certa, não há fé sem obediência, tudo que Abraão fez foi justamente por amor ao seu Deus, e pela fé que tinha Nele.

Abraão assim como Jesus Cristo mais tarde compreenderia que a vontade de Deus está acima de tudo, e que Ele sabe como cuidar de cada uma de suas criaturas morais, nenhum imprevisto poderia impedi-lo de fazer a vontade de Deus, por isso que nada nesta vida pode nos separar do amor de Deus, tão pouco de nos impedir de fazer a sua vontade em nossas vidas.

Ao contrário de algumas pessoas que dizem que amam a Deus e na prática fazem o que querem, nós cristãos devemos fazer apenas a vontade de Deus, deixando Ele ministrar em nossas vidas, mesmo que para isso tenhamos que sacrificar o nosso Isaque.


II - ESPERANÇA INDESTRUTÍVEL

Abraão sabe que Deus não tem prazer na morte das pessoas, e que Ele também não gosta de destruir os sonhos das pessoas que Ele mesmo plantou, pois seus planos não são frustrados e seus projetos são perfeitos. Devemos recordar sempre essas verdades a respeito de Deus, sobretudo quando em meio a situações aparentemente absurdas e intoleráveis.

Deus havia prometido fazer de Abraão um grande povo a partir de Isaque, um filho impossível, gerado por um homem e uma mulher velha num ventre velho e estéril. E o Deus dos impossíveis não iria voltar atrás, nem se contradizer. Esta a base da esperança de Abraão, que se manifesta com toda a força. Quando diz aos servos: “Voltaremos”. Abraão não duvidou de que Deus cumpriria sua promessa. Depois, quando a Isaque diz: “Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto”. Abraão não estava enganando o filho, deixando de dizer-lhe a verdade (“tu serás o cordeiro”); estava expressando sua esperança. Não por acaso o apóstolo Paulo chama a Abraão de alguém que esperava contra a esperança (Romanos 4.18). Poderíamos mesmo falar como o autor da epístola aos Hebreus, que afirma, com grande beleza e força, que Abraão tinha tanta e tão indestrutível esperança que cria que Deus era poderoso até para ressuscitar seu filho.

De fato, só quem confia no Deus de Abraão e de Jesus, e mostra Nele uma esperança indestrutível, pode esperar o triunfo certo e definitivo da vida.


III - DEPENDER EXCLUSIVA E INTEIRAMENTE DA PROVIDÊNCIA DE DEUS

“Deus proverá”. Toda a nossa fé poderia ser resumida nestas duas palavras.

Única saída verdadeira para as situações difíceis: descansar na providência de Deus, sabendo que a sua vontade é sempre boa. Como diz Dante: “Na sua vontade está a nossa paz”. Por isso Jesus nos ensina a orar: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6.10) – um ensino que ele sempre praticou, como se vê em sua hora de maior angústia no Getsêmani: “Abba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e, sim, o que tu queres” (Marcos 14.36).

O futuro e a felicidade de Abraão não poderiam depender de Isaque, mas sim de Deus. Agora que a promessa se cumprira, a espera acabara, o filho nascera, Abraão corria o risco de colocar sua alegria, sua paz, sua esperança nesse filho, que ele podia ver Deus invisível e impalpável. É uma tendência muito nossa essa de depender das coisas concretas que possuímos: nossas certezas, nossos conhecimentos, nossas capacidades intelectuais, nossos bens, nossa visão das coisas tão arrumadinhas, elas podem até se tornar o nosso deus. Para livrar Abraão desse erro terrível, Deus lhe diz: Sacrifica-me teu filho! Dá-me aquilo que te é mais caro! Abraão estava pronto a renunciar a tudo, para continua único digno de nossa confiança, nosso amor, nossa adoração, Aquele diante de quem temos de estar sempre disponíveis. Pois só experimenta Deus quem se dispõe a ir até às últimas conseqüências, quem se abre sem reservas ao mistério, quem se submete completamente a sua soberania.

CONCLUSÃO

Este é o Deus da Bíblia, o nosso Deus. Tão diferente dos deuses que Abraão conhecera antes de ser chamado, do que inventamos nos nossos desejos de segurança. Um Deus soberano, absoluto, livre, misterioso, não manipulável. Mas não louco, nem arbitrário, nem contraditório. Um Deus que sempre age para nos fazer crescer na sua fé, não só mais também através de duras provas. Passar pela prova de fogo nos purifica, nos torna melhores. Abraão recebe seu filho de volta de uma união mais profunda se estabelece entre Deus e seu servo.

Abraão poderia ter se recusado a passar pela prova; mas teria que trocar de Deus. Preferia continuar acreditando em Deus, mesmo diante do que não parecia ser concreto para ele; preferiu continuar crendo na bondade de Deus até o último momento; confiando em sua presença ainda que pudesse está sentindo apenas a sua ausência. Por isso Abraão se torna o pai da fé. Um modelo para nós da superação de fogo, de abertura e entrega a Deus.

Que Deus nos ajude a seguir o seu exemplo, mostrando plena obediência, firme esperança, total dependência do senhor em todos os nossos dias.